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O jovem empreendedor José Dias de Oliveira funda a Riopele com a instalação de dois teares para a produção de tecidos (cotins e riscados) num moinho de água, situado na margem esquerda do rio Pele, em Pousada de Saramagos, concelho de Vila Nova de Famalicão.
Com a ambição de criar uma fábrica completa, José Dias de Oliveira transfere a unidade de produção para um novo edifício. Nas novas instalações crescem, ao longo de duas décadas, as áreas da Fiação, da Tinturaria, da Tecelagem e dos Acabamentos, afirmando-se o sentido vertical de organização da produção.
Surge a marca Rioplex, desenvolvida em parceria com a empresa alemã Bayer. Os coloridos e os padrões são superiores aos dos outros artigos de algodão. A Riopele começa um percurso de inovação e de criação de produtos têxteis exclusivos.
Com a morte inesperada de José Dias de Oliveira, a direção da empresa é assumida pelo seu filho mais velho, José da Costa Oliveira, então com 22 anos. O nome do sucessor fica para sempre ligado à consolidação, ao desenvolvimento e à expansão da Riopele.
São realizadas as primeiras exportações para os mercados nórdicos e são criadas redes de agentes em diversos países, garantindo um fluxo permanente de encomendas.
A Riopele concretiza uma parceria com a empresa alemã Hoechst que permite o desenvolvimento de tecidos inovadores com a introdução de fibras sintéticas sob a marca Texlene-Trevira. Neste período, a empresa torna-se líder europeia nos tecidos desenvolvidos a partir de fibras sintéticas.
Num tempo em que a situação social em Portugal se agudiza com a Revolução do 25 de Abril de 1974, os trabalhadores colocam-se ao lado da Administração e recusam as greves.
Com a expansão das instalações fabris e com a modernização do parque industrial, a Riopele recentra a sua atividade na Europa e evolui o seu produto tradicional, através da reintrodução de fibras naturais e do desenvolvimento de tecidos para coleções próprias.
A aposta no desenvolvimento de artigos com propriedades de grande respirabilidade e elevado conforto, atendendo ao conceito de easy-care, dá origem a uma das mais inovadoras e respeitadas marcas Riopele, a Çeramica.
Após receber a certificação de qualidade, a Riopele aposta na certificação ao nível do ambiente e da segurança. Estabelecem-se práticas empresariais que promovem o desenvolvimento sustentável e o uso responsável dos recursos naturais.
A liberalização do comércio têxtil e vestuário mundial, que desmantela barreiras e gera um ambiente de competição global, agudiza a crise interna que a Riopele vinha a enfrentar, a que acresce a morte de José da Costa Oliveira. A empresa entra, assim, numa fase de transição da liderança.
Perante um contexto económico e financeiro profundamente adverso, com a responsabilidade acrescida em defender o legado Riopele, José Alexandre Oliveira, neto do fundador e filho de José da Costa Oliveira, assume a presidência do Conselho de Administração.
A Riopele profissionaliza os órgãos de gestão, desenvolve as equipas e implementa um sistema integrado de gestão. Ao mesmo tempo, ajusta a capacidade instalada para concentrar a sua atividade na produção de tecido. Com um foco claro na satisfação do cliente, a Riopele adequa a sua proposta de valor e promove o estabelecimento de várias parcerias.
Inicia-se o projeto de I&D Nano.Smart, fruto de uma parceria entre a Riopele, o CITEVE (Centro Tecnológico das Indústrias Têxtil e do Vestuário de Portugal), o CeNTI (Centro de Nanotecnologia e Materiais Técnicos, Funcionais e Inteligentes) e a Faculdade de Ciências da Universidade do Porto, com o objetivo de desenvolver estruturas têxteis inteligentes e revestimentos funcionais à escala nanométrica para novas coleções de tecido. Este projeto culmina com o registo da marca Çeramica Clean.
José Alexandre Oliveira assume a totalidade do capital social da Riopele, concluindo-se o processo de recapitalização e de reestruturação financeira, que permite reforçar a competitividade da empresa. Neste ano, inicia-se também o Programa Horizontes, um programa de desenvolvimento contínuo dos recursos humanos, dirigido a todos os colaboradores.
Para garantir a melhoria dos serviços de criação e de produção de coleções de tecido, é concretizado um programa de investimento na ordem dos 15 milhões de euros, que contempla a modernização do parque de máquinas, o investimento em gabinetes nas áreas produtivas, a construção de um novo espaço para a área de I&D e a criação de um Centro de Modelagem.
Nas instalações da Riopele nasce a primeira incubadora de empresas, em Portugal, a funcionar em contexto industrial ativo. A Riopele é ainda galardoada com o Prémio Melhor Grande Empresa Exportadora de Bens Transacionáveis, assumindo uma posição dianteira ao nível da recuperação do setor têxtil em Portugal.
Inicia-se o projeto eco-inovador R4Textiles que visa desenvolver tecidos sustentáveis - reutilizados e funcionais - com base na valorização de resíduos têxteis e agroalimentares. A Riopele cria novas funcionalidades para as suas coleções de tecido e reduz o impacto da moda no meio ambiental.
A Riopele comemora os 90 anos de atividade têxtil sob o lema “90 anos tecidos com paixão”. Neste percurso, destacam-se como elementos comuns: a visão e paixão do empreendedor, os nossos tecidos, os teares, a inovação, o respeito pelo ambiente, a verticalidade e resiliência da empresa.
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No âmbito da sua estratégia de responsabilidade ambiental, a Riopele instala a sua primeira central solar fotovoltaica. A marca Tenowa – The Rebirth of Textiles é distinguida com o Prémio Produto Inovação COTEC 2018 e com o prémio iTechStyle Awards 2018, na categoria Sustainable Product.
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A Riopele completa sete anos consecutivos de resultados positivos e crescentes, que consolidam o seu vasto património empresarial. Para tal, muito contribuíram os projetos de investimento RiopeleTech -Fabrics4Future (2017-2019) e Textiles4Life (2019-2021), tendo como principais drivers a Economia Circular / Sustentabilidade e a Indústria 4.0/ Digitalização, bem como, no âmbito do programa Horizontes, a tríade de projetos em curso R People+, R KPI+ e R Mind+, que se assumem como as grandes forças transformadoras na gestão de pessoas e carreiras, na gestão da performance dos departamentos e no tratamento e análise preditiva dos dados do negócio.
As adversidades inesperadas, com origem na crise pandémica da COVID-19, não impediram a Riopele de atingir resultados que não comprometem a trajetória de crescimento e a dinâmica dos projetos em curso, nomeadamente da sustentabilidade e indústria 4.0, destacando-se a monitorização e o tratamento de dados, alinhados com a estratégia europeia de transição energética e digital. O ano fica ainda marcado pela atribuição de um prémio variável de desempenho, pela primeira vez na história da empresa, a todos os colaboradores, em reconhecimento do contributo excecional nos sucessos alcançados nos últimos sete anos, período no qual a Riopele atingiu sempre os seus principais objetivos.
Num tempo de elevada exigência para as Pessoas, Empresas e demais Organizações, em contexto de segundo ano consecutivo de pandemia COVID-19, ainda assim, a Riopele prosseguiu a sua estratégia de consolidação empresarial e de investimento na modernização e competitividade da empresa. Este ano fica igualmente marcado pela idealização e aprovação de um novo e vasto Programa de Formação dirigido a todos os trabalhadores, no valor global de cerca de 3,3 M€, pelo reconhecimento da AICEP com o prémio de “Melhor Investimento” e pela implementação de um novo Modelo de Gestão.
Em 2022, a Riopele registou um grande crescimento na sua atividade, demonstrando uma retoma pós-pandemia, atingindo um volume de negócios de 92,6 milhões de euros. A Riopele, no decurso deste ano contratou um Diretor Geral que, agora, supervisiona e coordena as diversas direções executivas da empresa. Destaque também para a participação transversal no “QSP Summit 22”, uma das conferências de Gestão e Marketing mais relevantes da Europa, e em que a Riopele, em stand dedicado, apresentou a sua primeira coleção de tecidos no “Metaverso”. Foi um ano que envolveu um conjunto de investimentos, de cerca de 25 milhões de euros, idealizados no âmbito do PRR / Descarbonização, reforçando a cultura de compromisso com a inovação e sustentabilidade, visando o compromisso ambicioso da neutralidade carbónica até 2027.
Este ano ficou marcado pela chegada da 4ª geração da família Oliveira à Riopele. Francisca Oliveira, assumiu a função de Business Development Manager. A Riopele cresceu 6,4%, em 2023, atingindo um novo máximo histórico de 98,4 milhões de euros de faturação. Reafirmando o compromisso da neutralidade carbónica até 2027, âmbitos 1 e 2, a empresa continuou o seu investimento na descarbonização das suas atividades e, resultado desse esforço, alcançou 61% do consumo energético da empresa assegurado por fontes renováveis.