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Na tarde do dia 20 de março realizou-se o Open Day na Riopele, uma iniciativa coorganizada pelo IAPMEI (Agência para a Competitividade e Inovação), em parceria com a Riopele, com o CeNTI (Centro de Nanotecnologia e Materiais Técnicos, Funcionais e Inteligentes) e com o CITEVE (Tecnologia Têxtil).
O Cash&Carry da Riopele foi transformado numa sala imersiva para acolher 300 convidados, nos quais se destacaram a secretária de Estado da Indústria, Prof.ª Dr.ª Ana Teresa Lehmann, o presidente da Câmara Municipal de Vila Nova de Famalicão, Dr. Paulo Cunha, o presidente do IAPMEI, Eng.º Jorge Marques dos Santos, e o diretor-geral do CITEVE e CEO do CeNTI, Eng.º Braz Costa.
Esta iniciativa teve como principais objetivos divulgar os projetos que a Riopele está a desenvolver no domínio dos têxteis técnicos e funcionais e destacar a importância da colaboração entre empresas, centros tecnológicos, universidades e outras organizações.
Primeiramente tomou a palavra o presidente da Riopele, Dr. José Alexandre Oliveira, que sublinhou que acredita na indústria, em Portugal e na Europa e que, mesmo em tempos difíceis, não deixou de sonhar, contrariando o que muitos vaticinaram como a “morte da indústria têxtil no nosso país”.
Em analogia à palavra utilizada atualmente para designar as empresas emergentes – start-ups – o responsável referiu que o seu Avô, que fundou a Riopele em 1927, também começou com uma start-up instalada num moinho nas margens do rio Pele, em Pousada de Saramagos (Vila Nova de Famalicão).
Hoje a Riopele produz mais de 700 mil metros de tecido por mês para as grandes marcas da moda mundial e exporta 96% da produção diretamente para mais de 30 países, pelo que contribui de forma positiva para a balança comercial do país.
José Alexandre Oliveira partilhou, por fim, a sua satisfação pela grande adesão a esta iniciativa. Também no âmbito da sessão de abertura intervieram Braz Costa e Jorge Marques dos Santos.
Depois iniciou-se a visita imersiva intitulada “Riopele, 90 Anos Tecidos com Paixão”. Com uma projeção de vídeo a 180º, os presentes “mergulharam” na história da Riopele e no trabalho que se desenvolve na atualidade.
Esta viagem pela fábrica demonstrou de forma inovadora as diferentes fases do processo de produção dos tecidos da Riopele na sua organização vertical. Divulgou, ainda, aspetos da inovação e da indústria 4.0 que serviram de preâmbulo à apresentação que se seguiu.
Depois, Albertina Reis, diretora de I&D da Riopele, José Morgado, do CITEVE, e Carla Silva, do CeNTI, apresentaram três projetos de investigação e desenvolvimento – o Nano.Smart, o R4Textiles e o TexBoost – desenvolvidos pela Riopele em parceria com o CITEVE, com o CeNTI, com a Universidade Católica e com a Universidade do Porto.
Albertina Reis salientou que os produtos resultantes destes projetos, que iniciaram em 2013, representaram, em 2017, 2% do volume de faturação da Riopele, o que significa que a aposta na sustentabilidade, na indústria 4.0 e na economia circular contribui para o desenvolvimento de negócio da Riopele.
Com base nos tecidos produzidos no âmbito destes projetos, assistiu-se de seguida a um desfile de peças confecionadas com tecidos 100% reciclados, que contou com a colaboração do designer Nuno Baltazar.
O Open Day terminou com a intervenção de Ana Teresa Lehmann, que congratulou a Riopele, em particular, José Alexandre Oliveira por acreditar e continuar a investir no nosso país, ressaltando, que a indústria têxtil está bem, recomenda-se e tem futuro.
